Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

07/02/2017

DIÁRIO DE BORDO: Senhor, concedei-nos a graça de não termos outros cinco anos de TV Marcelo (29)

Outras preces.

«O Presidente da República foi hoje desafiado a comentar o relatório da OCDE e sobre o destaque que é dado à fragilidade da banca realçou que
"se há coisa que nós lamentamos é que a ‘troika’ não tenha descoberto isso há mais tempo. Porque se tem descoberto isso há uns quatro, cinco anos tinha facilitado muito essa decisão",» 
(Jornal Económico)

Provavelmente, com a sua imanente superficialidade e ligeireza, o presidente dos Afectos nunca se terá dado ao trabalho de ler o «MEMORANDUM OF UNDERSTANDING ON SPECIFIC ECONOMIC POLICY CONDITIONALITY 3 May 2011», assinado pelo governo socialista.

Se tivesse tido essa maçada, teria constatado que o chamado memorando da troika tem todo o capítulo 2. Financial sector regulation and supervision dedicado à banca, estabelecendo um conjunto de medidas relativamente a: Maintaining liquidity in the banking sector; Deleveraging in the banking sector; Capital buffers; Caixa Geral de Depósitos (CGD); Monitoring of bank solvency and liquidity; Banking regulation and supervision; Banco Português de Negócios; Bank resolution framework; The Deposit Guarantee Fund; Corporate and household debt restructuring framework; Monitoring of corporate and household indebtedness.

Não tendo tido a maçada, se tivesse sensatez teria dito que não conhecia o problema em detalhe e, não sendo ministro das Finanças, quanto muito seria porta-voz auto-nomeado da Fitch, deveria reencaminhar os jornalistas que o «desafiaram» a dizer inanidades.

Sem comentários: