Um dos pontos fulcrais da campanha de Donald Trump foi a recuperação dos postos de trabalho americanos supostamente perdidos para China, México and all that jazz. Trump nunca disse como iria fazê-lo mas, não sendo parvo (embora pareça), deve saber ou alguém lhe pode explicar que a medida mais óbvia para o conseguir, que é criar obstáculos ao comércio externo, tem várias consequências indesejadas e indesejáveis e no fim do dia poderá fazer perder ainda mais postos de trabalho.
Sendo a recuperação dos postos de trabalho um dos argumentos mais poderosos para mobilizar a sua base eleitoral, Trump não pode decepcioná-la e terá de tomar medidas. Já o fez à sua maneira que é criar um caso espectacular para encher o olho dos eleitores.
Hoje, quinta-feita, Trump e o vice Mike Pence rumam à fábrica da Carrier em Indianapolis, onde a empresa pretendia reduzir 2 mil postos de trabalho transferindo-os para o México, para anunciar um acordo em que a Carrier se compromete a manter mil postos de trabalho em troca de incentivos fiscais e regulamentares.
É claro que isso são amendoins numa economia que em média nos últimos tempos cria 9 mil postos de trabalho em cada dia útil e é igualmente claro que os incentivos fiscais à Carrier vão ter de ser compensados com mais impostos daqueles cujos postos de trabalho estão ameaçados. Mas lá que é eficaz, não restam dúvidas.
Ainda vamos assistir ao nosso Costa a adoptar a mesma fórmula.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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01/12/2016
CASE STUDY: Trumpologia (2) - Em política o que parece, é
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