Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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05/08/2016

O amigo do seu inimigo não é necessariamente seu inimigo (a menos que você seja maoísta)

Como que um contraponto deste post.

Uma primeira dúvida: para os detractores da democracia a nomeação e a eventual eleição de uma criatura como Donald Trump, capaz de «a series of brutish and moronic gaffes», como sobre ele escreveu o Economist Espresso, reforça o seu repúdio por esse regime? Regime que é o pior com excepção de todos os outros, acrescentam os seus defensores.

Uma segunda dúvida: o que poderá levar um profissional talentoso do cinema, conservador inteligente e sensato como Clint Eastwood a declarar que em alternativa a Hillary Clinton votará num sujeito insensato, populista, demagogo e politicamente perigoso? É melhor ouvi-lo na entrevista à Esquire:

«But he's onto something, because secretly everybody's getting tired of political correctness, kissing up. That's the kiss-ass generation we're in right now. We're really in a pussy generation. Everybody's walking on eggshells. We see people accusing people of being racist and all kinds of stuff. When I grew up, those things weren't called racist. And then when I did Gran Torino, even my associate said, "This is a really good script, but it's politically incorrect." And I said, "Good. Let me read it tonight." The next morning, I came in and I threw it on his desk and I said, "We're starting this immediately."»

1 comentário:

Anónimo disse...

O que este homem (Eastwood) disse há 4 anos.

Discurso na Republican National Convention em 30/Ago/2012: "It is that, you, we — we own this country. We — we own it. It is not you owning it and not politicians owning it. Politicians are employees of ours".