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12/08/2016

Conversa fiada (17) – Manobras de diversão que são insultos à inteligência

A coisa é tão parva que só pode ter sido encomendada pelo chefe Costa para distrair o povo das viagens do SE dos Assuntos Fiscais por conta da Galp e do agravamento solar do IMI. Antes dos incêndios, claro, porque agora já não faltam distracções.

O ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, declarou enfaticamente que a geringonça iria corrigir uma gravíssima falha do governo anterior, a saber: «as isenções automáticas de IMI atribuídas a quem tem baixos rendimentos permitiram que estrangeiros e emigrantes sem rendimentos em Portugal deixassem de pagar, só em abril, 57 milhões de euros deste imposto às câmaras».

O jornalismo de causas correu a propalar esta gravíssima injustiça sem se dar ao trabalho de constatar que a isenção de IMI por baixos rendimentos (até 15.295 euros por ano) só se aplica aos imóveis com valor patrimonial tributário até 66.500 euros. Fica assim por explicar quem serão os estrangeiros e emigrantes cheios de grana interessados em comprar um T0 na Reboleira com valor patrimonial tributário até 66.500 euros.

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