Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

31/05/2015

ACREDITE SE QUISER: Much Ado About Nothing

«O dia 31 de Maio de 2010 é a data que colocou Portugal do “lado certo da história” dos direitos humanos. Essa é a convicção da ILGA, mas cinco anos e 1591 casamentos depois “ainda há um longo caminho a percorrer”», escreve o jornal i.

Para a «comunidade» gay, com décadas de casamentos em atraso, mil e seiscentos casórios em 5 anos deveria ser uma decepção, sobretudo nestes tempos em que os casais normais no sentido gaussiano já quase deixaram de se casar, convencidos por décadas de propaganda politicamente correcta que o casamento era uma instituição burguesa decadente e não significava nada, a mesma propaganda politicamente correcta que convenceu os gays que o casamento significava tudo.

Apesar disso, nos últimos 5 anos ainda houve 172.403 casamentos heterossexuais ou cem vezes mais do que os homossexuais, mas muito menos do que os 457.665 casamentos nos 5 anos seguintes à queda do fascismo. O que me leva a prever que uma vez esgotada a excitação da novidade, cada vez menos gays optarão pelo casamento, preferindo a ligação informal «libertária», aliás muito mais adequada à precariedade das ligações homossexuais.

1 comentário:

Anónimo disse...

Hear, hear!