(Outros feitos do homem providencial)
Reavivemos a memória da obra de António Costa como autarca com este post sobre o parkinsonismo da CML que Costa preservou e desenvolveu. E acrescentemos a relação aparentemente promíscua entre a CML e o GES (recorde-se o parentesco entre os Salgados, o Manuel de uma e o Ricardo de outro) esta semana denunciada pelo Público a respeito da aprovação de projecto do Hospital da Luz.
Continuemos com o currículo de Costa no capítulo coerência. Quando em Junho de 2011 estava a ser empurrado pelo socratismo (para ajudar ao branqueamento da obra socrática) e pelo socialismo reviralhista de Mário Soares (para substituir um Seguro sem pedigree republicano), António Costa saltou do comboio em andamento: «não é possível acumular a liderança do PS e a presidência da Câmara Municipal de Lisboa. O PS precisa de um secretário-geral a tempo inteiro e o município de Lisboa de um presidente com dedicação exclusiva». Depois de três anos de estágio a aguardar melhores dias e de 4 meses a aproveitar o púlpito e o salário da CML, Costa vence as directas contra o calimero Seguro e declara «para já, exercerei o meu mandato [de Presidente da CM Lisboa] que é que o me compete fazer (…) Não creio que tenha acontecido alguma coisa que tenha constituído algum impedimento para este mandato». (recordado pelo Insurgente)
Se me perguntarem: Será a obra e a biografia política de António Costa mais deplorável do que a média entre os políticos portugueses? Justificar-se-à, por isso, o (Im)pertinências gastar cuspo e tinta com ela? Responderei não e sim, respectivamente, sendo o sim não por isso mas porque António Costa está há anos a ser levado num andor pelo jornalismo de causas e por ismos vários do PS (e do BE) que fazem de um político com políticas que são mais do mesmo, com uma imagem simpática mas sem nada de distintivo no plano da liderança, uma bandeira para as suas causas e um equívoco para as expectativas dos eleitores.
(Continua)
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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04/10/2014
CASE STUDY: O homem providencial para o Estado Previdência (7)
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