[Continuação de (1) e (2)]
Não vou insistir nas muitas medidas concretas e na redução dos muitos milhões de euros que os nossos amigos do FMI incluem no MEMORANDUM OF UNDERSTANDING ON SPECIFIC ECONOMIC POLICY CONDITIONALITY que terá que ser assinado pelo governo e pela oposição com ambições de ser governo. Tudo isso é importante e nunca seria feito por iniciativa do governo ou da oposição, todos apostados em fazer felizes os portugueses e a contar estórias da carochinha aos eleitores em estado de adolescência terminal. Vou apenas transcrever requisitos de Reporting que este governo e o próximo vão ter que cumprir para meter a mão na massa. Requisitos que se tivessem sido cumpridos dificilmente teríamos chegado aonde chegámos ou, pelo menos, teríamos chegado sem desculpas.
«Reporting
3.1. Approve a standard definition of arrears and commitments. [Q2-2011]
3.2. Conduct and publish a comprehensive survey of arrears covering all categories of expenditure payables as at the end of March 2011. All general government entities and SOEs classified outside the general government will be covered by this survey. [Q3-2011]
3.3. Enhance the existing monthly reporting on budgetary execution on a cash basis for the general government, including on a consolidated basis. The monthly reporting perimeter currently includes the State, Other public bodies and entities, Social Security, regional and local governments and it will be progressively expanded to include all SOEs and PPPs reclassified within the general government and local governments. [Q3-2011]
3.4. The existing annual report on tax expenditures will be improved, starting with the 2012 budget, in line with international best practices. The report will cover central, regional and local administrations. Technical assistance may be provided if necessary. [Q3-2011]
3.5. Develop intra-annual targets, and corrective measures in case of deviation from targets, for [Q3-2011]:
i. internal monthly cash balance, expenditure, revenue targets for the general government as defined in national accounts;
ii. public quarterly balance targets for the general government as defined in national accounts.
3.6. Implement any changes to the budget execution rules and procedures necessary to align with the standard definition of arrears and commitments. Meanwhile, existing commitment control procedures will be enforced for all types of expenditure across the general government. Technical assistance may be provided if necessary.[Q4-2011]
3.7. Following the survey, prepare a consolidated monthly report on arrears for the general government sector. The general government perimeter will be defined as in national accounts. [Q3-2011]
3.8. Publish quarterly accounts for State-Owned Enterprises (SOEs) at the latest 45 days after the end of the quarter. It should start with the 30 largest SOEs that are consolidated in the general government but as a general rule all SOEs should follow the same reporting standards. [Q4-2011]
3.9. Publish information on: number of general government staff on a quarterly basis (no later than 30 days after the end of the quarter); Stock and flows over the relevant period per Ministry or employment entity (i.e. new hiring, retirement flows, and exit to other government service, private sector or unemployment); average wage, allowances and bonuses. [Q1-2012]»
«If you can't measure it, you can't manage it», escreveu um dia Peter Drucker.
Rapazes do FMI, sejam bem-vindos!
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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