Já aqui, aqui, aqui, aqui e aqui tratei do objectivo do programa do governo de «recuperar, nos próximos quatro anos, os cerca de 150.000 postos de trabalho perdidos na última legislatura», isto é da redução do desemprego em 150 mil. Gradualmente, este objectivo foi-se transformando, primeiro em postos de trabalho a criar (objectivo que poderia conviver com o aumento do desemprego) e, no final do ano passado, já se tinha reduzido de 150 mil para «entre 80, 90 mil, 100 mil».O último acto da comédia transformada em tragédia está em curso. Durante o governo Sócrates o desemprego aumentou quase tanto como o número de postos de trabalho prometidos recuperar e o número de postos de trabalho criados não chegou a 5 mil.
Quem não trata da economia mediática (a economia dos «200 palhaços que vão à televisão falar de economia», segundo César das Neves) sabe que esta coisa do governo recuperar ou criar empregos só se for engordando os utentes da vaca marsupial pública. Consequentemente, a promessa do programa de governo não passou de mera demagogia. O que nos condena a classificar o governo de uma de duas maneiras:
- Incompetente, segundo a sua própria bitola
- Demagogo (e incompetente), segundo a bitola do (Im)pertinências.
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