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12/08/2020

De volta ao Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva (34) - Experiências fora da caixa (2)

Este post faz parte da série De volta ao Covid-19. Colocando a ameaça em perspectiva e segue-se a Experiências fora da caixa (1) sobre o Japão, uma sub-série dedicada a alguns países que adoptaram estratégias diferentes.

A Suécia é um desses países que fez uma ;abordagem desalinhada inspirada por uma valorização da liberdade de escolha estranha à cultura portuguesa. Por isso, apesar de ter registado um número de óbitos por milhão de habitantes (571) em diminuição constante e sempre inferior aos da Bélgica (852), Espanha (611) e Itália (582), a sua experiência foi geralmente vilipendiada pelos mídia portugueses.

worldometers

Mas onde a abordagem sueca se mostra claramente preferível à portuguesa, para além do muito menor impacto económico (a quebra do PIB é metade da portuguesa) é no excesso de óbitos em relação à média dos últimos anos, excesso que inclui, além das mortes por e com Covid, as mortes por outras causas que em grande parte se podem razoavelmente atribuir às consultas não realizadas (3 milhões), às cirurgias adiadas (100 mil) e aos resultados físicos e psicológicos do confinamento sobretudo nos idosos. Citando o blogue Nos cornos da covid que tem feito um excelente trabalho:
«Resultado disto, somando tudo: a Suécia registou, entre Março e Julho, um excesso de mortalidade de 13,5% em relação à média; Portugal um excesso de mortalidade de 12,9%. Em termos absolutos,o excesso de mortalidade em Portugal é já superior (também por força de um maior envelhecimento populacional). No nosso país, entre Março e Julho morreram mais 5.667 pessoas do que a média; na Suécia mais 4.912.»

3 comentários:

Nelson Gonçalves disse...

" do muito menor impacto económico (a quebra do PIB é metade da portuguesa)"

Está a comparar alhos (a economia sueca)com bugalhos (a economia portuguesa). Na Suécia a quebra foi menor porque: 1) estavam melhor preparados (cuidados de saúde, tecido económico), 2) dependem menos do turismo (9% do PIB sueco vs 20% do PIB português). O confinamento (ou a falta dele) não me parece que seja o factor que explique a diferença na quebra do PIB entre os dois países.

Anónimo disse...

O turismo, a qualidade de saúde, os planos de vacinação, a BCG, a população idosa, a temperatura, as festanças da populaça, o convivio da sociedade.

Muitas coisas não são comparáveis.

Mas as curvas de mortalidade são comparáveis.

Os governos devem ser responsáveis pelas quedas nas economias. Pois o turismo ser 13% PIB não é novidade em agosto como não era em fevereiro.

Bom post.

Anónimo disse...

Um alerta:

-> O governo desde o primeiro momento sabia o que estava a fazer, pois foi sempre dito a populaça que ia ser um ano dificil.


Não foi o COVID que parou a economia, foi o governo e o seu alinhamento globalista com a OMS e a ONU e UE.

O que se disser sobre os coitados do nosso governo (as nossas vitimas profissionais) obrigados a decisões dos outros países é FAKE