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16/08/2020

A propósito do hidrogénio e das previsões ou no melhor pano também caem as nódoas que ensopam os panos de má qualidade

Com 176 anos, a Economist é uma das melhores revistas de economia e finanças, senão mesmo a melhor. Esses pergaminhos não a impediram de há 17 anos ter previsto o fim próximo das energias de origem mineral (petróleo e carvão) e o advento de novas formas de energia, nomeadamente o hidrogénio, como salientou um leitor em carta publicada no penúltimo número. Fim próximo que, como o anúncio da morte de Mark Twain, foi uma notícia manifestamente exagerada.          

«Finally, advances in technology are beginning to offer a way for economies, especially those of the developed world, to diversify their supplies of energy and reduce their demand for petroleum, thus loosening the grip of oil and the countries that produce it.

Hydrogen fuel cells and other ways of storing and distributing energy are no longer a distant dream but a foreseeable reality. Switching to these new methods will not be easy, or all that cheap, especially in transport, but with the right policies it can be made both possible and economically advantageous.»

(The end of the Oil Age)

Felizmente, o secretário de Estado da Energia, nessa altura (2003) ainda à espera do chamamento do seu mentor Sócrates, não deve ter lido o prognóstico. Se tivesse, seria tentado a vender a ideia do hidrogénio ao seu mentor e este e o seu ministro dos corninhos Pinho poderiam ter adicionado desde logo mais uns milhares de milhão aos 22 mil milhões de euros em rendas excessivas e tecnologias imaturas com que nos brindaram a pretexto das energias eólica e solar (estimativa de Abel Mateus e outros subscritores do Manifesto para a Recuperação do Crescimento e Estabilização Económica Pós-Covid-19).

1 comentário:

Anónimo disse...

Acredito que esta gente não sabe os preços de:
um rissol (não na Coreia),
um bacalhau à Brás,
um Alka Seltzer,
uma Agenda-Calendário,
um mini-estério (ou ministério),
um mapa de estradas do ACP,
um GPS (SPG por cá: Sistema de Perda Global)
uma escova de dentes,
o cansaço que isto me dá.