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04/01/2020

Se fosse vivo, Pessoa não receberia o Prémio Pessoa

Confesso que o nome do último Prémio Pessoa, Tiago Brandão Rodrigues, não me dizia nada, possivelmente, vim depois a descobrir, porque a criatura segundo a Wikipedia é actor, dramaturgo, produtor teatral e encenador e actual director artístico do Teatro Nacional D. Maria II e eu não sou frequentador do chamado teatro independente que é o teatro que depende do estado; o teatro a quem o estado diz «toma lá dinheiro e faz qualquer coisa» (A. Feio).

Foi por isso com curiosidade que li este artigo de Paulo Tunhas e tomei conhecimento que o premiado revelou na sua entrevista à Revista do Expresso - não li, talvez por ter visto a foto do homem na capa e confiar nas minhas primeiras impressões -  que está a preparar um espectáculo de sua autoria inspirado no juiz Neto Moura que se chamará «Catarina e a beleza de matar fascistas» e tem aqui uma explicação destinada a mentecaptos.

Desconhecendo os critérios do júri que atribuiu à criatura o Prémio Pessoa, desconfio que não o atribuiriam a Pessoa, se fosse vivo.

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