Há seis anos publiquei o seguinte post:
Ao ler no Expresso a promoção de mais um futuro sucesso das empresas amigas do regime, levo sempre instintivamente a mão à carteira. Desta vez, com honras de uma chamada de meia primeira página do suplemento de Economia e um desenvolvimento noutra página completa, amplamente ilustradas com duas enormes fotos, é o projecto Windfloat da EDP – um gerador eólico Vestas montado numa estrutura sobre uma plataforma flutuante, a ser construída na Lisnave em Setúbal e destinada a ser ancorada ao largo da Póvoa do Varzim. O brinquedo custa 15 milhões segundo o Expresso ou 20 milhões segundo outras versões.
Falece-me o tempo e a ciência para escalpelizar as razões da minha suspeição quanto ao sucesso desta inovação e sobretudo à sua viabilidade económica. Direi apenas que este projecto me reavivou a memória do projecto Pelamis, naufragado também ao largo da Póvoa do Varzim, em tempos uma das meninas dos olhos do ex-ministro Pinho (o dos corninhos) e agora enferrujando ao largo de S. Pedro de Moel, salvo erro.
Por agora, registo para futura verificação.
Verificação seis anos depois:
«Até 2019, o parque eólico flutuante que o consórcio liderado pela EDP quer instalar ao largo de Viana do Castelo tem de estar ligado e a produzir energia de fonte renovável. O risco de falhar o prazo é o de o projecto Windfloat Atlantic, cujo custo estimado ronda os 115 milhões de euros, perder os fundos comunitários de 30 milhões atribuídos em 2012 pelo Programa NER300.» (fonte)
Repare-se o efeito Lockheed Tristar em todo o seu esplendor. Um projecto eventualmente inviável que custaria 15 ou 20 milhões há seis anos custará agora 115 milhões ou seis a oito vezes mais. À maneira habitual, provavelmente irão ser gastos ainda mais do que os 115 milhões para não perder os 30 milhões de fundos comunitários. Foi assim que uma parte significativa dos mais de cem mil milhões de subsídios comunitários pagos extorquidos aos contribuintes europeus, o equivalente a mais de 55% do PIB anual actual, foi delapidada.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Parques parecidos avariaram rapidamente na Holanda devido á água salgada. Era previsto durarem 5 anos e duraram meio ano !
"Parques parecidos avariaram rapidamente na Holanda devido á água salgada. Era previsto durarem 5 anos e duraram meio ano!"
Mas isso não interessa. O que interessa é combater o "aquecimento global" torrando dinheiro.
Enviar um comentário