Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
13/10/2017
O ruído do silêncio da gente honrada no PS é ensurdecedor (164) - Sócrates? Quem?
«Em primeiro lugar, o silêncio incomodado do PS, que continua a fazer de conta que este assunto não lhe diz respeito. Só que não estamos a falar de um qualquer autarca acusado de corrupção. Estamos a falar de José Sócrates, antigo líder do partido e ex-primeiro ministro, que é acusado pela Justiça de numerosos crimes alegadamente praticados durante o exercício de funções. Em Governos de que fizeram parte o primeiro-ministro António Costa e outros membros do atual Executivo.
Das duas uma, ou Sócrates é inocente e o PS o apoia incondicionalmente até à decisão final da Justiça, como sempre fez enquanto o “menino de ouro” venceu eleições; ou Sócrates é culpado e o PS tem de fazer um mea culpa e assumir responsabilidades.
O que não é aceitável é este limbo, este silêncio, este não querer atravessar-se por alguém que o partido apresentou aos portugueses como sendo o homem providencial que iria salvar o país. Nem tão pouco admitir que se possa ter errado nesse endosso. (...)
Em segundo lugar, na Operação Marquês não estão em causa apenas questões criminais. Há também questões éticas de relevo. Vamos supor que o Ministério Público está errado e que Carlos Santos Silva se limitou a emprestar dinheiro a um amigo em necessidade. Já sem falar dos valores em causa – 500 mil euros? – o PS acha aceitável que um primeiro-ministro passe férias de luxo pagas por um amigo empresário que, por acaso, tem negócios milionários com entidades públicas? Mesmo que não tenha existido crime, não deixa de ser uma situação questionável do ponto de vista ético.
É admissível que o partido da ética republicana, que se considera o guardião do templo da III República, não se pronuncie sobre o elefante no meio da sala?»
«O PS e a Operação Marquês», Filipe Alves no Económico
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