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17/09/2017

Pro memoria (357) – O choque com a realidade do carro eléctrico de Sócrates (IV)

[Continuação de (I), (II) e (III)]

Balanço no final de 2013:
  • Planos socráticos até 2020: 180 mil carros eléctricos e 25 mil locais de carregamento; 
  • No final de 2013 havia 1.300 pontos de carregamento normal, 50 pontos rápidos, postos que terão custado 15 milhões, e 426 carros eléctricos vendidos desde 2010 sendo 140 em 2013 até Outubro (Expresso); 
  • Desde 2010 até 2013 foram feitos 27 mil carregamentos - o que dá 555 euros de investimento por carregamento nos 1.300 pontos, equivalentes a 7 carregamentos por ponto e ano ou um carregamento em cada 52 dias.
Em 2014 foram vendidos 216 veículos eléctricos, 645 em 2015  e 756 em 2016. Em 2016 existiam cerca de 4.100 veículos eléctricos de todos os tipos (uma parte significativa do Estado ou empresas públicas) e até ao final do ano estima-se que serão cerca de 5.000 (fonte).

Comparemos Portugal com os países europeus com maior penetração de veículos eléctricos em relação a novos registos nos últimos 12 meses terminados em Julho, frota em Julho e número de postos de carregamento e número de veículos por posto de carregamento:

Noruega 31.063 ;  140.752 ; 11.520 ; 12,5
Suécia 9.413 ; 37.594 ; 4.522 ; 8,3
Bélgica 8.624 ; 24.705 ; 3.850 ; 6,4
Holanda  4.375 ; 115.210 ; 21.357 ; 5,4
Portugal  2.062 ; 5.580 ;  1.884 ; 3,0

(Fonte: novos registos e frota - EAFO ; número de postos de carregamento - ChargeMap)

Como seria de esperar também estes planos socráticos saíram furados, houve um enorme desperdício de recursos para plantar postos de abastecimento e provavelmente teremos de esperar talvez uma década para justificar a rede existente que entretanto continuará a crescer.

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