«O pacto na zona euro baseia-se na confiança. Com a crise do euro, os países do norte na zona euro mostraram a sua solidariedade para com os países em crise. Como social-democrata considero a solidariedade extremamente importante. Mas quem a exige, também tem obrigações. Não posso gastar todo o meu dinheiro em álcool e mulheres e continuar a pedir ajuda. Este princípio aplica-se a nível pessoal, local, nacional e, inclusivamente, europeu.»Em primeiro lugar, Jeroen Dijsselbloem fez uma espécie de declaração de princípio acerca das suas próprias despesas o que é de louvar, sobretudo sendo nacional de um país onde copos e mulheres se encontram frequentemente juntos.
Em segundo lugar, pergunto, como podem indignar-se com tal coisa os nacionais de um país que para caracterizar um tipo folgazão muito comum entre nós lhe associam a expressão «putas e vinho verde»? Não podem. Suspeito, aliás, que a maioria da população não se sentiu ofendida pelo Jero e até subscreveria o que disse, pelo menos a nível pessoal, local, nacional - já quanto ao nível europeu a coisa fia mais fino, porque sacar dinheiro à Óropa desde há 31 anos é uma actividade meritória. Direi mesmo mais, suspeito que além dos políticos idiotas que julgam ser sua obrigação indignar-se a este propósito, só mariconços e mulheres frígidas (*) reagiram mal ao desabafo do Jero - uns e outras por despeito, claro.
(*) Em aditamento, permitam-me citar Pedro Arroja que explicou muito bem porque se indignaram certas mulheres: «If not for other reason, possibly because they cannot find a man who would spend money on them».
1 comentário:
Curiosamente o parágrafo atribuído ao Observador apareceu, no dia anterior, no Espresso.
Ele há gente reles.
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