«Politicamente correcto» (PC) designa a doutrina, as práticas, as agendas, os discursos e as políticas associadas que visam evitar ofender minorias e que vêm sendo usados para promover a vitimização, o multiculturalismo e discriminação positiva dessas minorias. Foi uma invenção do marxismo cultural que se tornou dominante na esquerdalhada quando o marxismo clássico se desacreditou com o conhecimento generalizado dos resultados da sua adopção como doutrina e suporte teórico dos sistemas comunistas nos países onde foi adoptada, em particular após a queda do muro de Berlim.
Mais recentemente, o rótulo de PC tem sido usado pela direita e a esquerda não marxista de uma forma implicitamente crítica para mostrar o condicionamento mental que resulta da linguagem do PC, uma espécie de newspeak orwelliana. Neste caso a expressão PC é usada pelos seus detractores como labéu mas com o mesmo sentido do usado pelos seus prosélitos.
Também, ao que parece, os órfãos do marxismo e de outras ilusões perdidas, numa inversão tipicamente orwelliana, estão a começar usar o termo para designar ideias e práticas obviamente politicamente incorrectas.
Leia-se, por exemplo, Clara Ferreira Alves, a Pluma Caprichosa, que se refere na Revista do Expresso a «uma nova doutrina politicamente correcta» que, segundo ela, nos autoriza «a odiar os pretos, apalpar as mulheres, bater nos ceguinhos, odiar os chineses e os muçulmanos…». Obviamente, esta suposta nova doutrina é tudo menos nova e é o que os cultores da doutrina PC designaram desde sempre como doutrina politicamente incorrecta, pelo que não careceria de ser rebaptizada. Se ao que é politicamente incorrecto os defensores do PC designam como politicamente correcto isso talvez signifique que, até para eles, a doutrina do PC está a deixar de ser politicamente correcta.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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1 comentário:
Tão clara como a do ovo. Felizmente estúpida como os ovos o são.
Felizmente bem acompanhada pela esquerdalhada — reconsultar o vosso Dicionário.
Os estúpidos são aqueles seres que me alegram o dia neste vale de lágrimas.
Chi-coração
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