Não é só nas universidades americanas que grassa a idiotia epidémica do politicamente correcto. Entre nós a idiotia é endémica, sobretudo na sua vertente regionalista e manifesta-se regularmente nas mais diversas circunstâncias.
Nas últimas semanas temos assistido às indignações do presidente da câmara do Porto a propósito da TAP, as quais assumiram uma dimensão particularmente insensata no ataque descabelado ao autarca de Valência onde adicionou ao regionalismo oportunista (e eleitoralista) o nacionalismo igualmente oportunista.
Nos últimos dias estamos a assistir (quero dizer estão, porque eu não assisto a nada nas redes sociais, limito-me a ler uns quantos blogues) às indignações de uns trogloditas, não já do Porto mas do Alentejo e do Algarve, insultando e ameaçando Henrique Raposo com vocabulário de carroceiro (alguns dos vocábulos estão abaixo de carroceiro), a pretexto do seu livro recentemente publicado «Alentejo prometido» ou a pretexto do que ele disse à Sic Radical a pretexto do livro.
Apesar de ler, geralmente com gosto, embora não apreciando o seu estilo demasiado colorido, a produção de Henrique Raposo, não conheço este seu livro e provavelmente não o irei ler. Por isso, não escrevo em defesa de Henrique Raposo ou do seu livro. Escrevo em defesa do direito de ele escrever os livros que bem entender e de os publicar sem ter de ser insultado por trogloditas, sejam eles algarvios, alentejanos ou alfacinhas, que por cá também não faltam.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
02/03/2016
DEIXAR DE DAR GRAXA PARA MUDAR DE VIDA: A Regional da Indignação
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1 comentário:
Na minha consciência, 80% dos portugas são estúpidos e ignorantes. Dos restantes 20%, 15% só são ignorantes. Safam-se 5% que, em geral, não são políticos pois é uma actividade para merdosos. Trabalham, são trabalhadores!
Já passei dos 70 anos e cada vez mais tenho a noção acima descrita.
Em tom de "desculpa" sei que a malta com menos de 45 anos nem Instrução Primária teve; teve experiências pedagógicas comunistas. Assim há Decretos-Lei que em menos de 6 meses já vão na 4a ou 5a revisão/emenda. Elaborados pelos analfa que aludi.
As minhas filhas aprenderam Lógica Boleana pelos 12 anos, mas não sabem Logarítmos nem calcular uma raíz quadrada.
Claro que melhores dias virão: «Não há mal que sempre dure».
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