Para começar, considere-se o preço inicial da geringonça (estimativas do Expresso) que Costa facturará aos contribuintes:
- Eliminação dos cortes salariais a um ritmo de 25% ao trimestre durante 16 trimestres (€450 milhões, mais €250 milhões do que na versão original socialista)
- Redução da sobretaxa em dois anos (€400 milhões por ano)
- Reposição da regra de actualização de pensões que assegura aumento das reformas até €600 (€66 milhões em 2016)
- Descida gradual da TSU para salários até €600 (€109 no próximo ano, menos €524 do que na versão original de descida para empresas e trabalhadores)
- IVA na restauração a 13% (€350 milhões)
- Renovação das políticas de mínimos sociais (€108 milhões).
Ontem, quarta-feira, o PCP apanhou o PS e o BE de calças na mão e anunciou que não quer aprovar já a medida patriótica de reposição dos feriados e prefere precedê-la de um debate público. São trocos, dirão. Pois são, e é por isso é que quando se falar de dinheiro a sério os gatos se engalfinharão dentro do saco.
(*) Apesar da minha comprovada falta de simpatia por Paulo Portas, reconhecendo o talento criativo do Salta-Pocinhas, adopto o termo «geringonça» por ele cunhado para designar o ser polimorfo resultante da união de facto espúria ou união espúria de facto, como preferirem, do PS com o BE e o PCP com aquela outra coisa pendurada que dá pelo nome de PEV.
Aditamento:
Ainda ontem, o tele-evangelista Louçã, o guru das meninas berloquistas, exaltou a harmonia que impregna a geringonça criticando o PCP por não ter ido ao mesmo notário do BE.
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