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Dívida teima em não descer, mas BCE protege Portugal dos mercados. Dívida pública chegou aos 130,2% do PIB e há risco de nova revisão em alta.» Com
estas ou palavras parecidas, o jornalismo de causas teima em não compreender que cada défice tem fatalmente de ser financiado com dívida pública a qual acresce ao stock existente e se o crescimento do PIB nominal for inferior ao rácio do défice, como tem sido, o rácio da dívida pública só pode crescer.
Se àquela condição puramente matemática acrescentarmos as alterações do perímetro das administrações (por exemplo abrangendo certas empresas públicas, como aconteceu nos últimos anos) ou modificação de critérios da contabilidade nacional ou ainda uma reserva de liquidez nos
«cofres cheios» de Maria Luís Albuquerque (equivalente a quase 10% do PIB), então fica explicado o mistério do crescimento do rácio de dívida pública.
Uma vez sem exemplo, num gesto de boa vontade em intenção da inumeracia dominante nos meios jornalísticos e políticos, vou explicar a coisa recorrendo à álgebra mais elementar.
Em conclusão, para o rácio da dívida pública diminuir a taxa de crescimento nominal do PIB terá ser superior à taxa de crescimento da dívida pública. Qed.
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