Um leitor atento deixou neste comentário a este post um link para um artigo de 03-11-2009 da Visão sobre a divergência entre as estimativas da CE e do governo socialista para os défices de 2010 e 2011 com o título «UE/Previsões: Bruxelas estima deterioração do défice para 8,0 por cento em 2009 e 2010».
Recorde-se que os défices dos OE 2009 e 2010 começaram por ser 2,2% e 3,0%, respectivamente, e na altura em que o artigo foi escrito as estimativas da CE já eram 8% para ambos os anos e os défices finais foram 10,0% e 9,8%.
Recapitulando: para o jornalismo da Visão, a diferença de 0,6% no OE 2015 foi «arrasada» por Bruxelas e as diferenças dez vezes maiores de 6,8% e 5,0% foram consideradas «deterioração» por Bruxelas.
Moral da história: se o professor doutor António de Oliveira Salazar tivesse podido dispor de uma imprensa deste calibre poderia ter dispensado a censura prévia.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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06/11/2014
Títulos inspirados (34) – O arrasamento segundo a Visão (já foi «deterioração» no passado)
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