Porquê Rui Rio só vê risco de a «democracia se perder para sempre», agora que estão sob investigação as acções de duas das criaturas que mais contribuíram para um Estado clientelar próprio de democracias limitadas? E quando o mesmo Rui Rio agora entende que Portugal «está num dos pontos mais baixos da reputação internacional» isso significa que Portugal estava num ponto alto enquanto a corrupção e o compadrio lavravam impunes?
Porquê Jorge Sampaio, nunca apreensivo durante a caminhada do país para a bancarrota, nem enquanto a corrupção e o compadrio lavravam impunes, quando questionado sobre a prisão de José Sócrates se diz «muito apreensivo com o que se passa em Portugal»?
Quando o director do Expresso e irmão de António Costa, escreve «além de partir com onze meses de avanço … com muitas provas e documentos acumulados, a acusação tem esse tempo para preparar bem a acusação e solidificar o caso», estará Ricardo Costa a preconizar que a investigação (e não a acusação - um lapso freudiano?) só deveria ter começado a investigar depois de comunicar por carta registada a José Sócrates?
[Fontes citadas: Jornal de Negócios e Observador, para os dois primeiros, o terceiro e o último parágrafo, respectivamente]
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