No remoto ano de 2005 contei aqui a seguinte estória:
Em 14 de Janeiro, Lawrence Summers, presidente da Harvard University, e, entre muitos outros postos, antigo secretário do Tesouro do presidente Clinton, proferiu este discurso na Conference on Diversifying the Science & Engineering Workforce do National Bureau of Economic Research. Nesse discurso Summers explicou que não era um especialista mas via 3 razões possíveis para haver menos mulheres nas áreas de matemáticas e ciências. A discriminação e pressões sociais a que são sujeitas as mulheres; as tremendas exigências de disponibilidade que tornam menos atractivas estas carreiras para elas e, last but not least, a maior variabilidade das atitudes, face à ciência, nos homens do que nas mulheres.
Com aquela última, que considerou ser a possível causa mais relevante, Summers queria apenas dizer, como resulta claro no discurso, que, segundo a sua experiência nesta matéria, os piores homens tendem a ser piores do que as piores mulheres e os melhores tendem a ser melhores do que as melhores mulheres, sem prejuízo de, em média, os desempenhos não serem muito diferentes.
As reacções do bando do PC (politicamente correcto) não se fizeram esperar e dois meses depois a Faculdade de «Arts and Sciences» de Harvard aprovou por 218 votos contra 185, uma moção de desconfiança ao presidente da universidade, tendo ainda aprovado uma crítica ao seu estilo de gestão por 253 votos contra 137. Fora de Harvard, as reacções do bando exigindo a sua demissão foram igualmente histéricas - por exemplo esta da National Organization for Women.
Oito anos depois, três investigadores da Duke University publicaram um estudo, citado pela Economist, com a análise dos resultados de 1,7 milhões exames nacionais de matemática entre 1981 e 2010, onde concluíram que nos melhores 0,01% dos alunos o rácio masculino/feminino, apesar de ter diminuído nos anos iniciais, mantêm-se estável nos últimos 20 anos em 4 rapazes para 1 rapariga, em linha com um estudo anterior de 1983 da Johns Hopkins University que estimou um rácio de 13 para 1. E assim ficou vingado Larry Summers postumamente – à sua demissão, entenda-se.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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