Aos olhos do homem católico, a sua mulher é uma mulher cara, levando-lhe invariável e religiosamente o vencimento por inteiro ao final de cada mês. Pelo contrário, a mulher protestante, aos olhos do seu marido, é uma mulher comparativamente barata, levando-lhe apenas uma fracção do seu vencimento ao final de cada mês, por vezes apenas metade.
É uma lei da natureza humana que as pessoas tratam tudo aquilo que lhes é caro com um desvelo, uma preciosidade, um carinho e um respeito que não consagram a tudo aquilo que é barato e, portanto, vulgar. Daí o alto estatuto que a mulher goza no seio da família católica e que não encontra paralelo no seio da família protestante.
O tratamento de jóia que o marido de tradição católica por vezes consagra à sua mulher está lá para lhe lembrar permanentemente que ela lhe custa os olhos da cara, e não tem correspondente em tratamento semelhante no mundo anglo-saxónico.
A forma como ele popularmente se refere a ela perante terceiros, como sendo a patroa, ilustra bem que, lá em casa, quem controla o dinheiro é ela, não ele. O título de Dona que a mulher da tradição católica adquire com o casamento - e que não tem correspondente na tradição protestante - revela que tudo aquilo que existe em casa é dela porque foi comprado por ela - embora quase sempre, e às vezes exclusivamente, com o dinheiro do marido.
São estes privilégios que algumas jovens portuguesas se preparam para abandonar em nome do igualitarismo que é típico do modelo familiar da tradição protestante. Mas se fosse só isto...
(do post Dona de Pedro Arroja, no Blasfémias)
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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25/04/2007
CONDIÇÃO MASCULINA: homenagem (póstuma) a um blasfemo
Etiquetas:
delírios pontuais,
Iguais mas diferentes
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