Estória
Assim como há jornalistas que põem aspas nos inimigos, também o Impertinente põe aspas nos jornalistas. Por exemplo, em Tony Jenkins, que é correspondente em NY do semanário do saco de plástico.
O apego ao rigor do “jornalista” Jenkins, na "contracapa" (mais aspas) do 1º dos 323 cadernos e anexos do Expresso de 6 de Dezembro, referindo-se ao belo peru castanho-dourado que George Bush segurava nos braços enquanto visitava as tropas em Bagdade, levou-o a denunciar que o peru era a fingir. Era um elemento de decoração que ninguém chegou a comer. Em vez disso os soldados foram servidos por uma cantina que forneceu refeições aquecidas.
Quanto à encenação, no dia de Acção de Graças, feriado nos EU com um profundo significado nacional, o George W. não segurava o adereço nos braços. Levava nas mãos a bandeja onde pousava o peru a fingir.
Quanto ao contexto do peru a fingir, para quem não conheça os costumes americanos, a coisa parece-se com uma grosseira manipulação da opinião pública pelo George W. e um insulto à inteligência dos soldados presentes, ou, usando as palavras do "jornalista", uma artimanha preparada deliberadamente.
O editorial Jive Turkeys de 6 de Dezembro do Washington Post aborda o mesmo assunto e, conhecendo-se a sua pouca simpatia pelo George W., lembra que show turkeys are part of a long tradition of holiday foods that are widely admired but not actually eaten: the viscous eggnog that has nurtured a thousand potted plants, the mince pie children slip to the dog, the fruitcakes passed along from family to family and generation to generation.
O Washington Post lembra o que para o público americano é uma trivialidade. O “jornalista” correspondente do saco de plástico, que escreve para um público para quem o peru é a carne de vaca dos tesos, infiltra o seu contrabando de opiniões no meio de factos distorcidos, pescados à linha na imprensa do seu país.
Moral
Não se pode comparar um “jornalista” correspondente do saco de plástico com um jornalista do Washington Post, definitively.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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