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12/10/2003

Estória e moral: Cabala II

A estória ...
Antes de contar a estória, aviso que a Doutora Laura, patroa d’O Impertinente, em cujo instinto O Impertinente confia cegamente (fica só a espreitar com um olho semicerrado), resmunga a respeito do Dr. Paulo Pedroso: “aquela carinha, aquela boquinha, aquele beicinho? Hum... Hum ... Hum”.
Cinco meses depois o Dr. Paulo Pedroso continua a ser arguido num caso de pedofilia, mas o Tribunal da Relação decidiu, por maioria, não haver fundamento para a prisão preventiva.
Em vez de ir para casa discretamente, o Dr. Paulo Pedroso dirige-se à Assembleia da República para retomar o seu lugar de deputado, e é alvo duma manifestação de exuberante alegria a respeito da qual O Impertinente conclui mesmo que a sua patroa concluiu a respeito do Dr. Pedroso: “Hum ... Hum ... Hum”.
Desde que o Dr. Pedroso foi dispensado da prisão preventiva, O Impertinente tem procurado encontrar uma declaração do Dr. Ferro a respeito de cabalas, mas não encontrou nenhuma.
Se a moral para quem só chora as mortes dos palestinos e fica indiferente às mortes dos israelitas foi “O que conta não é quem morre, o que conta é quem mata”, então para as Cabalas I e II ... a moral deve ser ...
O que conta não é o visado pela cabala, o que conta é quem monta a cabala.

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