A receita orçamental do Dr. Costa é sempre a mesma, só variam os temperos
Trata-se de tirar de uns contribuintes para dar aos outros. Na melhor hipótese tira-se aos contribuintes da Óropa (se eles deixarem). No OE 2024 o Dr. Costa, encarnado no seu putativo sucessor Dr. Medina, acrescenta uma particularidade deixando a oposição a falar sozinha - troca impostos directos por indirectos.
Contas feitas, a redução dos impostos directos é 1,7 mil milhões e o aumento dos impostos indiretos de 2,7 mil milhões, de onde resulta que depois de ter batido o recorde da carga fiscal com 37,2% este ano bate-o novamente em 2024 com 38% e, depois de ter subido a despesa pública para 42,6% em 2023, sobe-a de novo para 44,5% em 2024. Recorde-se que em 2015 a despesa orçamentada era 35,1% do PIB e foi crescendo desde então a uma taxa anual nominal de 8,8% contra 5,4% do PIB. Dêem-lhe mais algum tempo e ele colocará o Moloch socialista a engolir metade da produção do país
Fonte |
Entretanto, usando e abusando da ilusão monetária o Dr. Medina actualiza em 3% os escalões de IRS abaixo da inflação, compensando assim uma boa parte da redução das taxas.
Investimento público, a autoestrada mexicana do PS
Já por várias vezes mostrei como funciona o expediente da autoestrada mexicana do PS sistematicamente usado para criar a ilusão do crescimento contínuo do investimento público. Este orçamento não é excepção e lá vêm outra vez as previsões nunca cumpridas. Ora veja-se como, após sete anos a anunciar aumentos, o investimento público de 2022 em percentagem do PIB está ao nível do “austeritário” governo PSD-CDS em 2015.
Investimento público, a autoestrada mexicana do PS
Já por várias vezes mostrei como funciona o expediente da autoestrada mexicana do PS sistematicamente usado para criar a ilusão do crescimento contínuo do investimento público. Este orçamento não é excepção e lá vêm outra vez as previsões nunca cumpridas. Ora veja-se como, após sete anos a anunciar aumentos, o investimento público de 2022 em percentagem do PIB está ao nível do “austeritário” governo PSD-CDS em 2015.
Fonte |
Não sou da opinião que o dinheiro torrado pelos governos em investigação e desenvolvimento tenha um retorno apreciável. Ao contrário, os governos socialistas acham que o Estado sucial tem um papel especial neste domínio (como em todos), e agora veja o que tem acontecido ao investimento público em I&D.
Expresso |
«Em defesa do SNS, sempre» / «O SNS é um tesouro»
Segundo um estudo da Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar (USF-AN), a falta de material básico nos centros de saúde tem vindo a crescer e mais de metade dos centros registaram rupturas de stocks mais de 10 vezes num ano. Segundo o mesmo estudo, a insatisfação dos utentes tem também vindo a crescer e nas diferentes instituições da saúde atingindo entre mais de 60% a mais de 90%. (fonte)
E por que se multiplicam os sinais de colapso do SNS? Há várias razões, mas segundo o Dr. Medina, ministro das Finanças e putativo sucessor do Dr. Costa, a falta de dinheiro não é uma delas, e por isso garantiu ao Expresso «as dificuldades do SNS não resultam de questões financeiras». É capaz de ter razão por que as despesas de saúde têm vindo a aumentar todos os anos, ou talvez não por que uma parte desse aumento foi para pagar horas extraordinárias e os novos recrutamentos de pessoal para compensar a redução do horário de trabalho de 40 para 35 horas, redução que o governo (e S. Ex.ª, o PR) garantiram não ter impacto orçamental.
A emenda do SNS pode ser pior do que o soneto
Após uma longa gestação de quase um ano, foi parida a portaria com os estatutos da direcção executiva do SNS, o passe de mágica que haveria de resolver todos os problemas do SNS. Por agora as soluções dos problemas que afectam o SNS (pelo menos alguns deles) estavam distribuídas por várias instâncias e departamentos serão transferidas das administrações regionais, dos hospitais e dos centros de saúde e passarão a estar concentradas na direcção executiva. Suspeito que não vai correr bem.
(Continua)
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