Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

06/08/2019

Dúvidas (274) - Boris Johnson, scoundrel or mere rogue?

«There is room for debate about whether he is a scoundrel or mere rogue, but not much about his moral bankruptcy, rooted in a contempt for truth. (...)

Dignity still matters in public office, and Johnson will never have it. Yet his graver vice is cowardice, reflected in a willingness to tell any audience, whatever he thinks most likely to please, heedless of the inevitability of its contradiction an hour later. (...)

Like many showy personalities, he is of weak character. I recently suggested to a radio audience that he supposes himself to be Winston Churchill, while in reality being closer to Alan Partridge. Churchill, for all his wit, was a profoundly serious human being. Far from perceiving anything glorious about standing alone in 1940, he knew that all difficult issues must be addressed with allies and partners.»

Foi assim que Max Hastings antigo editor do Daily Telegraph, se referiu a Johnson e à sua obsessão de se identificar com Churchill, num artigo recente com o instrutivo título «I was Boris Johnson’s boss: he is utterly unfit to be prime minister».

É uma tragédia para os conservadores e para o Reino Unido terem um líder e um primeiro-ministro como Boris Johnson, por muita cultura clássica e inteligência que lhe sejam atribuídas mas que não substituem a notória falta de dimensão moral, ética e humana.

E será igualmente uma tragédia se a direita democrática enfiar a cabeça na areia perante líderes como Trump e Johnson com a implícita motivação de inspiração maoista que o inimigo do meu inimigo é meu amigo, perdendo assim a autoridade moral para denunciar líderes de esquerda com a mesma falta de qualidades.

1 comentário:

Anónimo disse...

Vós sabeis. Isto é a espécie humana a funcionar.
Raros são os que a dignificam. Por aí, um ou dois tipos em cada século. E que só são reconhecidos como excepção à mediocridade, passados mais uns cem (ou duzentos) anos.
Neste 'cu da Europa' — como ouvi vezes sem conta aos séniores, antes do glorioso — pela intuição só poderá haver bosta — segundo a abalizada opinião de maomé ba.
Que Deus nos proteja! Ou NSra de Fátima!

Abraços, hoje tristes.