Tal como a mentira circula mais depressa e chega mais longe do que a verdade, no Twitter e noutros sítios, o mesmo se passa com as más notícias e as visões catastrofistas. O mundo parece um palco de tragédias, um vale de lágrimas e está cada vez pior, diz-se.
Para quem pensa assim, provavelmente a maioria dos que já abandonaram a adolescência (no passado no final dos teens, actualmente cada vez mais nos entas), a leitura recomendada é «Enlightenment Now: The Case for Reason, Science, Humanism and Progress» de Steven Pinker.
Alguns exemplos para contrariar a ideia de que tudo está cada vez pior. O mundo actual é 100 vezes mais rico do que há 200 anos e é menos desigual. A parte do PIB mundial com origem em países em vias de desenvolvimento (alguns em vias de subdesenvolvimento, digo eu), que em 1990 era de 20% e actualmente é quase metade, estima-se que seja de 55% em 2020. A proporção anual de vítimas mortais em guerras é inferior a um quarto dos anos 80 e a meio por cento do período da II Guerra Mundial. O número de armas nucleares diminuiu 85% desde o seu máximo. Durante o século 20 a probabilidade de um americano morrer num acidente de automóvel, num incêndio ou no trabalho diminuiu 96%, 92% e 95%, respectivamente.
Em todo o mundo os QI médios aumentaram 30 pontos em 100 anos, devido a uma melhor alimentação e melhores estímulos ao desenvolvimento mental. Há 200 anos apenas 1% da população vivia numa democracia e actualmente vivem dois terços (nem que seja numa democracia limitada, digo eu).
A tolerância também progrediu significativamente. Os gays e outros praticantes de sexo alternativo que ainda há poucas décadas eram perseguidos são hoje uma minoria influente que dita as modas. Em 52 países, 45 aumentaram a felicidade em 1981 e 2007.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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1 comentário:
Quanto ao QI, nem tudo são boas notícias, especialmente a Ocidente:
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2730791/Are-STUPID-Britons-people-IQ-decline.html
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