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18/06/2017

O ruído do silêncio da gente honrada no PS é ensurdecedor (158) - Zangam-se as comadres...


Tudo começou com Manuel dos Santos, um eurodeputado socialista, a chamar cigana a uma deputada socialista concitando ondas de indignação entre os correligionários, os berloquistas e em geral as hostes do politicamente correcto.

Tal indignação é difícil de entender por um agnóstico como eu, visto que os indignados parecem acreditar não haver razões para considerar a etnia «cigana» inferior ao «homem branco», como se sabe o responsável pelas desgraças de que padece a humanidade. No entanto, não consideram ser ofensivo chamar homem branco a qualquer pessoa, por exemplo a um «cigano».

À frente dos indignados socialistas surgiu o chefe Costa que prontamente insultou Manuel dos Santos apodando-o de «uma vergonha para o PS». Que isto seja uma ofensa é discutível por um agnóstico como eu que tem do PS a ideia que tem.

No dia seguinte, por uma extraordinária coincidência, tornou-se público que Manuel dos Santos há vários meses «tem dois genros a trabalhar para si com verbas do Parlamento Europeu. Ambos residem em Portugal e prestam serviços ao eurodeputado com as verbas disponibilizadas pelo Parlamento Europeu para esse efeito». Menos de 24 horas depois, a notícia propaga-se mais depressa do que a contratação de meia dúzia de criaturas da parentela de César.

Moral da estória, se a estória tivesse moral: zangam-se as comadres descobrem-se as verdades.

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