O Eurostat publicou há poucos dias os «GDP per capita, consumption per capita and price level indices» de onde extraí o diagrama seguinte que mostra o PIB e o consumo per capita portugueses abaixo da média EU28 sendo o primeiro mais abaixo, confirmando o que sabemos: vivemos em termos relativos (e absolutos) acima das nossas posses ou, para sermos precisos, acima do que produzimos.
Se consultarmos o quadro «Volume indices per capita, 2013-2016» no mesmo documento, verificamos ainda que entre 2013 e 2016 o PIB per capita português permaneceu invariável em 77% da média EU28, ao passo que o consumo per capita aumentou ligeiramente de 81% para 82%, confirmando que consumimos mais do que produzimos em termos relativos e desmentindo as teses miserabilistas alimentadas pelos delírios da esquerdalhada sobre os efeitos da austeridade. Dito de outro modo, em termos relativos produzimos o mesmo mas consumimos ligeiramente mais.
Chegados aqui, vejamos o que nos diz o jornalismo de causas económicas que, omitindo a relação entre consumo e PIB, como se pudesse consumir sem produzir, parece ter subjacente a doutrina da Mouse School of Economics postulando que do aumento dos salários e do consumo decorre necessariamente o aumento da produtividade e o produto. Dois exemplos:
Consumo per capita em Portugal fica abaixo da média europeia
A diferença entre os países da UE vai de 53% a 132%, sendo Portugal o sétimo país com a média mais baixa. (Económico)
Consumo “per capita” em Portugal está entre os mais baixos da Zona Euro
O consumo “per capita” em Portugal continua 18% abaixo da média da União Europeia. E é um dos mais baixos entre os membros que partilham o euro (Negócios)
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Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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