Há já alguns anos escrevi aqui: as ideologias, em particular os fascismos, como o comunismo, o nazismo, o fundamentalismo islâmico, sem esquecer o politicamente correcto, são inimigas da ciência. Todos os dias temos exemplos disso e ao ler a peça «Onde se meteu a “correcção política”» de Vasco Pulido Valente encontrei mais um.
Como escreve Pulido Valente, tal como a maioria dos portugueses, não li a Bíblia nem senti a necessidade de lê-la e não sei se faço parte da pequena parte dos indígenas que ainda conservam alguma coisa dentro da cabeça pelo que a tradução da Bíblia de Frederico Lourenço talvez não venha a dar-me uma grande ajuda.
Por tudo isso, só confiando na erudição e no discernimento (há boas razões para tal) e na imparcialidade (as razões são menos boas) de Pulido Valente, posso acompanhá-lo na sua conclusão de que a tradução de Frederico Lourenço está irremediavelmente contaminada pelo politicamente correcto ao ponto de traduzir “Filho do Homem” por “Filho da Humanidade”«por causa da “sensibilidade de género”, que de resto se manifesta pela tradução inteira: onde aparece “homem”, se possível Lourenço escreve “ser humano”, enquanto as mulheres são sempre mulheres. Esta conformidade estúpida ao “politicamente correcto” data e deforma a tradução, além de a tornar inútil para qualquer construção teológica. (...) Falta dizer que na sombra pesa o movimento a favor do sacerdócio das mulheres.»
Sendo assim, Frederico Lourenço é mais um dos que em nome das «boas causas» perverte insidiosamente o seu trabalho. Dirão, no domínio inofensivo da “sensibilidade de género”, destes expedientes não vem mal ao mundo. Mas vem, porque é o reflexo da mesma atitude que legitima a pós-verdade e os factos alternativos que, com outros nomes, é tão velha quanto a humanidade. Com essa atitude e em nome de variadas causas já se exilou, prendeu, queimou, torturou e assassinou.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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3 comentários:
Foi sempre tão fácil detectar os aldrúbias. «E tanto ladrão é o que fica a ver».
Endeusado como o ser humano mais esperto que todos aqueles que já viveram desde há mais de 1500 anos — como Bento XVI, por exemplo.
A esquerdalhada não perde pitada. Falta-lhe só que o ser humano traduza o corão para português perceptivel, i.e., para os fãs do tintol, do benfica e do dar porrada na mulher.
O facto de o fulano ser "protegido, incentivado e divulgado" por uma certa organização "progre" e multicolorida,explica muita coisa - para não dizer que,num país parolo e ignorante como este em que temos a ventura de viver, explica tudo...
Frederico Lourenço, o "tradutor" da Bíblia, é homossexual e "casado" com outro homem. Não admira que a tradução seja conforme o politicamente correcto.
E ainda têm a lata de vender aquilo como "uma nova e mais rigorosa tradução do original grego"!
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