Depois de ter usado contra Dijsselbloem três dos insultos mais graves disponíveis na vulgata socialista («racista, xenófobo e sexista») e ter exigido a sua demissão a partir da Rua de S. Bento e do Largo do Rato e não, como devia, na Rue de la Loi; depois de Dijsselbloem ter respondido ironicamente ao ajudante Mourinho Félix com um «não lhe vou exigir um pedido de desculpas» e em entrevista ao De Volkskrant ter rematado com uma subtil provocação «esperava que Mourinho Félix pedisse a minha demissão, mas ele não o fez»; depois de tudo isto Costa enfiou a viola no saco, queixou-se das «palavras insuportáveis» (é preciso uma grande lata para quem chamou ao homem «racista, xenófobo e sexista») e conclui «temos de continuar a trabalhar no que é essencial» (como se antes não tivéssemos).
Depois de tudo isso e da invenção da «sondagem» do Expresso, Costa acrescentou a declaração ao El País de estar disposto a apoiar o espanhol Luis de Guindos, um adversário político do Partido Popular, para substituir Dijsselboem um socialista holandês do Partido do Trabalho. Um autêntico malabarista e salta-pocinhas.
Ocorre-me aquele desabafo de
(*) Talvez devido a um curto-circuito nas sinapses sobrecarregadas com a geringonça, ocorreu-me o Filipe II em vez de Juan Carlos, como gentilmente fez notar um leitor neste comentário. Filipe II definitivamente não disse tal coisa, e em vez disso, segundo a lenda (espero que não seja outro curto-circuito), disse que as leis em Portugal são duras mas a sua imposição é mole, o que era e é uma grande verdade, mesmo que ele não a tenha dito.
1 comentário:
Gralha: Juan Carlos e não Felipe (que aliás não podia ser o II). Se optar por corrigir elimine o meu comentário, que eu sou um cliente fiel do blogue e não um tipo que está à espera de deslizes insignificantes para cascar neles.
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