A Generis, farmacêutica portuguesa que detém a marca com mais vendas e o segundo maior grupo de genéricos em Portugal, foi comprada pela Agile Pharma, uma subsidiária da indiana Aurobindo por 135 milhões de euros. (fonte)
Não, não é o enforcamento do homem. É apenas uma acção promocional (Público) |
Vem a propósito recordar várias coisas do domínio do óbvio ululante:
- Em primeiro lugar, a compra de uma empresa portuguesa por estrangeiros não é investimento directo e, só por si, não tem consequências na capacidade produtiva da economia - é uma mera transferência de dinheiro para os bolsos dos vendedores;
- A compra de empresas portuguesas por estrangeiros é um facto normal da economia global e não é, em si mesma, boa ou má;
- Em princípio, significa que a empresa em causa é suficientemente atractiva e considerada viável para despertar o interesse;
- Pelo contrário, há razões de preocupação quando é preciso pagar para alguém comprar uma empresa portuguesa - como, entre outros, os casos do Banif e do Novo Banco - os restos do BES;
- Porém, quando há um movimento significativo de empresas portuguesas a serem vendidas sem contrapartida em investimento alternativo pelos vendedores, isso confirma que os empresários e a economia portuguesa estão descapitalizados;
- Descapitalização que não deveria surpreender ninguém, porque é o resultado da destruição do stock de capital que Portugal vem fazendo durante as últimas décadas e que explica uma das maiores dívidas líquidas ao estrangeiro.
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