É claro que há diferenças entre o Expresso e o Correio da Manhã, além de o primeiro ser semanário e o segundo diário. Contudo, as diferenças nem sempre são para melhor.
O número deste fim-de-semana é exemplar e faz lembrar dois outros números de Fevereiro de 2011 cujas primeiras páginas estão aqui reproduzidas. Há uma profusão de artigos, uns abertamente de opinião e outros a fingir de jornalismo, glorificando a vitória da gerigonça sobre Bruxelas no campo das sanções. São tão medíocres que perdem parte do seu efeito manipulatório e acabam por ser eficazes apenas para os crentes que não precisariam deles.
Há algumas excepções, incluindo o artigo de opinião de Manuela Ferreira Leite que, por uma vez, conseguiu escapar ao ressabiamento que a direcção do PSD lhe inspira, e desmascarou a peça de «Teatro ao vivo» que a gerigonça encenou sobre as sanções. Outras excepções são mais habituais: a de João Vieira Pereira que desmonta a encenação da execução orçamental, a de Luís Marques que ironiza sobre a farsa das sanções, a de Henrique Monteiro que as trata como drama e a de João Duque que traduz a novilíngua económica da geringonça em português corrente.
Contudo, a mais significativa excepção ao coro embevecido com as manobras da gerigonça é um conjunto de diagramas com dados factuais que mostram estarmos a re-percorrer (afinal «re» é o prefixo da geringonça) o ano de 2010 em direcção a Abril de 2011. O título desses diagramas não podia ser mais significativo: «De regresso ao passado».
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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