Segundo as Nações Unidas o número de pessoas deslocadas por conflitos atingiu o seu nível mais alto desde a II Guerra Mundial: mais de 65 milhões, dos quais 12 milhões só em 2015. Mais de metade são provenientes do Afganistão, Somália e Síria. Embora a migração para a Europa tenha sido destacada, segundo as Nações Unidas 86% dos 21 milhões de refugiados internacional encontram-se em países em desenvolvimento. (Fonte: The Economist Espresso)
«O que essas estimativas alarmantes se esquecem de ter em conta é o crescimento da população. Se ajustarmos os números como uma percentagem do total da população, verifica-se que a migração em todo o mundo tem realmente permanecido praticamente no mesmo nível durante as últimas cinco décadas. E o que é esse número mágico? Cerca de 2 a 3 por cento, de acordo com Determinants of International Migration, uma equipa de investigadores do International Migration Institute de Oxford.
Isto é decepcionante para os alarmistas que tentam propagar a narrativa "estamos a ser invadidos", mas também para os idealistas da globalização que previram que o advento da Internet e transportes mais baratos criariam uma onda de migrantes. O que os dados mostram, no entanto, é que a grande maioria da humanidade prefere permanecer em casa, independentemente da facilidade de se deslocar. "Os mídia retratam a migração como uma fuga em massa da pobreza, mas, na verdade, são os que têm mais meios que tendem a migrar, enquanto 97 por cento ficam onde nascem ", diz Diego Acosta, um professor de direito europeu e lei da migração da Universidade de Bristol.
Claro, o que tem aumentado nos últimos anos é o número de refugiados, vindos principalmente da Síria. Mas, mesmo assim, os requerentes de asilo continuam a ser menos de 10 por cento de todos os migrantes. O número actual de chegadas à Europa não é sem precedentes quando comparado com os milhões de pessoas que fugiram das guerras balcânicas no início dos anos 90. Então, por que se sente como se a migração estivesse em ascensão? Bem, isso é provavelmente porque o tipo de migrante mudou. Durante muitas décadas, os países ocidentais foram uma grande fonte de emigração. Mas agora, são o destino para um número crescente de asiáticos, africanos e latino-americanos. Assim, a partir de uma visão ocidental centrada, é fácil supor que migração está aumentando, quando o que está realmente acontecendo é a mudança do perfil do migrante.» («The Good News about the Migration Crisis», Ozy)
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Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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22/06/2016
Mitos (232) – A invasão pelos refugiados e migrantes pobres
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1 comentário:
A migração cria problemas no destino sem resolver os preoblemas da origem.
O excesso de população, 7 mil milhões, será controlado localmente, ou nunca o será.
Oscar Maximo, um Malthusiano (com ou sem Neo).
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