Há coisas tão previsíveis que até eu prevejo. Como por exemplo neste post de há quase quatro anos em que escrevi:
Pois bem, por tudo isso e o que ainda se há-de ver, considero o emérito Marcelo o autêntico picareta falante e declaro que numas próximas eleições presidenciais votaria até no tele-evangelista para evitar transformar Belém num centro de intriga permanente, ainda mais nocivo do que nos tempos em que o seu ocupante foi Mário Soares.É raro o dia que o presidente Marcelo não confirma este meu prognóstico, pelo que não faltariam exemplos. Para não gastar muito latim, aponto apenas o exemplo de ontem onde o presidente-comentador faz uma exaltação de Luís Montenegro, o líder parlamentar do PSD, augurando-lhe um futuro radioso, augúrio que só os parolos não percebem que se destina a procurar um substituto para Rui Rio que na cabecinha do actual inquilino de Belém foi em tempos um putativo substituto de Passos Coelho, a quem não perdoa nem perdoará ter dito, sem chamar os nomes aos bois, uma das coisas mais exactas que algum dia se disse dele: «catavento de opiniões erráticas».
Não, nunca esperei que Marcelo ou outro qualquer inquilino de Belém fizesse as vezes das oposições - para isso já tivemos Mário Soares full time e Jorge Sampaio part time. Esperaria que o inquilino não intrigasse e não fosse cúmplice activo do inquilino de S. Bento nas políticas que conduzirão, uma vez mais, o país à bancarrota. Está agora confirmado que era esperar demasiado.
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