É inegável que o alívio quantitativo depois de 6 anos de taxas de juro evanescentes e de triliões injectados na economia teve resultados, pelo menos nos Estados Unidos e no Reino Unido. Contudo, é também inegável que alguns desses resultados não são exactamente os resultados que a Fed e o BoE procuravam e são assombrosamente parecidos com os cenários de pré-crise 2008.
Um deles é a volatilidade cambial que aumentou 50% em relação ao ano passado. As perturbações que essa volatilidade pode introduzir no comércio externo é o menor dos problemas comparado com as consequências de uma guerra cambial.
Fonte: The Economist Espresso |
Quanto às bolsas, em particular as bolsas americanas, os PER (price-to-earning ratio) atingiram valores insustentáveis e, de facto, não sustentados pelo fraco crescimento dos lucros em 2014. Recordem-se, uma vez mais, os diagramas seguintes.
Fonte: The Economist |
Não admira, por isso, que o número de cépticos do alívio quantitativo aumente cada dia. Um dos últimos foi Guan Jianzhong da agência de rating chinesa Dagong que prevê «uma nova crise financeira mundial nos próximos anos… é difícil dizer exactamente quando pode acontecer, mas todos os sinais de alerta estão presentes: volume crescente de dívidas e um progresso económico instável das economias nos EUA, Europa, China e outros países em desenvolvimento».
Depois não se diga que não fomos avisados.
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