Andei uns dias pelas Beiras e por Trás-Os-Montes a tratar de vários assuntos. Aproveitei para rever os cemitérios onde mais de duas dezenas de governos e dezenas de autarquias andaram a enterrar os meus impostos e o dinheiro dos empréstimos que agora nos esmagam. Assim de repente, entre os que vêm à memória, destaco centenas de quilómetros de autoestradas onde espaçadamente nos cruzamos com os outros poucos tristes que por lá vagueiam, os museus (das réplicas dos calhaus de Foz Côa aos verdadeiros mausoléus dedicados aos artistas e pensadores nascidos lá na terra), as piscinas, os polivalentes, os mercados municipais que mais parecem centros comerciais, etc. – um etc. muito vasto. Quase todas as «infraestruturas» devidamente guarnecidas por dúzias de funcionários camarários que se entretêm conversando uns com os outros.
|
O mausoléu onde se enterraram as réplicas dos calhaus de Foz Côa (*) |
(*) A obra do governo de Guterres, pela frente e pelas traseiras, dois projectos, 18 milhões de euros e 10 anos depois, para imortalizar a campanha contra a barragem do Côa, em boa verdade um pretexto para desacreditar por falta de «sensibilidade» o já desacreditado governo de Cavaco Silva e para aquecer os motores da campanha de Guterres.
Sem comentários:
Enviar um comentário