Segundo as contas da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas - espera-se saibam fazer contas - o passivo do sector empresarial do Estado é 38 mil milhões de euros, dos quais 25 mil milhões são de dívida aos bancos e 6 mil milhões aos fornecedores.
O secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações - espera-se saiba do que está a falar - diz que as empresas públicas têm um nível de absentismo 5 a 6 vezes superior ao sector privado.
A banca não aceita reforçar os fundos de pensões dos seus empregados a transferir para a Segurança Social – recorde-se para tapar os buracos do OE. Terão talvez razão. Afinal porque não tapar buracos com outros buracos? Tem sido essa a exception portugaise.
Joe Berardo (esse mesmo a quem os bancos ofereceram dinheiro para comprar um deles) garante que existe um «saco azul» na Fundação CCB e lamenta que o saco da Fundação Berardo esteja vazio. O CA do CCB, pela boca do novo situacionista Mega Ferreira, esclarece bla bla bla, está tudo nos conformes e o problema é a falta de grana da Fundação Berardo. Uma coisa é certa, «saco azul» só existia no fascismo e destinava-se a subtrair dinheiro de facto existente da voracidade do Estado Novo. No Estado Sucial não existe dinheiro. Existem de facto dívidas e buracos, eventualmente também azuis.
O ministro da Economia convida para um jantar privado uma dúzia de empresários. O ex-ministro dos corninhos seria melhor e estaria mais à vontade nestes eventos. Estará o Álvaro cansado de ser Álvaro e ansiar em segredo ser Manuel, Manuel Pinho?
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Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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29/09/2011
Um dia como os outros na vida do estado sucial (2) – onde se fala de buracos talvez azuis e de um Álvaro talvez Manuel
Etiquetas:
Estado sucial,
um país talvez normal mas rançoso
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