[Continuação de (1) e (2)]
A coisa começou com um Manifesto dos 40, seguido pouco depois pelo Compromisso Portugal, fóruns de empresários e gestores que defendiam a manutenção no rectângulo dos chamados centros de decisão nacional.
Ainda a tinta das assinaturas dos manifestos e compromissos não tinha secado e a família Vaz Guedes vendia a Somague aos espanhóis da Sacyr Vallehermoso – hoje, esmagada pelo endividamento, não tarda estará a vender-se a alguém. Depois foi a Galp vendida aos italianos e aos angolanos. Mais recentemente Teixeira Duarte, também signatário, e outros accionistas vendem as suas participações na Cimpor aos brasileiros.
A semana passada começou a circular o rumor, confirmado pelas movimentações na bolsa, de que está em preparação um aumento da posição da Sonangol no Millenium bcp. Os angolanos terão exigido aliviar a blindagem (uma iniquidade que vem dos tempos de Jardim Gonçalves) aumentando de 10% para 20% o limite dos direitos de voto.
E o que dizer dos saldos previstos no PEC 2010-3 das jóias da coroa socialista: Galp, EDP, Cahora Bassa, Estaleiros Navais, ANA, TAP, CP, EMEF, BPN, Caixa Seguros, CTT, INAPA, SPE? É o equivalente a uma família financeiramente libertina que, depois de torrar os activos fungíveis da herança e de assaltar a caixa das esmolas da capela, começa a vender as pratas, não para educar os filhos, o que seria aceitável, mas para pagar as dívidas de jogo.
Assim prossegue o eterno sacrifício dos «princípios» à dura realidade da falta de dinheiro do país, do estado, das empresas e das famílias, produto inevitável do desgoverno. A procissão ainda vai no adro.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
29/03/2010
A defesa dos centros de decisão nacional (3) - a procissão ainda vai no adro
Etiquetas:
antes isso que outra coisa,
pela boca morre o peixe
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário