O monstro, segundo um dos seus pais (o doutor Cavaco, recorde-se), o Moloch, segundo a Joana do Semiramis, ou o estado napoleónico-estalinista encarnado na vaca marsupial pública não pára de crescer. Se o ano passado a vaca teve um ganho líquido de (apenas) 4.401 utentes isso ficou a dever-se ao facto do governo do engenheiro Sócrates só ter tido pouco mais de meio ano de exercício do período de borla.
Este ano, já com a máquina aquecida, o governo do engenheiro Sócrates começou a mostrar do que é capaz. Nos primeiros seis meses do ano, enviou para a reforma (com 90% do último salário) 12.254 utentes da vaca e pendurou nas suas enfezadas tetas 22.420 outros utentes efectivos e um número desconhecido de utentes clandestinos (fonte Diário Económico). Em duas penadas, o objectivo de reduzir «pelo menos 75 mil efectivos (que) ao longo dos quatro anos de legislatura» metamorfoseou-se num objectivo de reduzir 89.567 efectivos em 2,5 anos.
É isto surpreendente? Não de todo. Será para os sujeitos passivos que, além de passivos, sejam distraídos. Esquecendo as teorias conspiratórias (o propósito secreto do governo é arruinar definitivamente o monstro para vender o ouro ao bandido - os espanhóis, por exemplo), deixando de lado outras teorias igualmente especulativas, a explicação verosímil é pura e simples incompetência. Nesta área vê-se definitivamente melhor do que, por exemplo, no éter do plano tecnológico e das outras fantasias com que o governo tem entretido o povo.
Que outra coisa seria esperar dum bando de gente que, na sua maioria nunca teve uma profissão, não faz a mínima ideia de como se gere uma organização, que imagina que transformar a horripilante monstruosidade da vaca em qualquer coisa que justifique a usurpação de recursos do país se possa fazer com discursos e ejaculações legislativas? Algum dia alguém viu uma organização monopolista com 750.000 empregados e com poderes soberanos de extorquir dinheiro à sociedade civil auto-refomar-se? Pode o governo coleccionar simplexes aos centos que a inelutável lei de Parkinson irá expandir a burocracia até encher o tempo disponível de 750.000 songamongas and counting.
Não tem solução? Tem sim senhor. Tem a solução que as organizações com sucesso aplicam. Perguntem a quem sabe.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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