O embaixador do Irão teve uma palavra de apreço pela redacção sobre as blasfémias dinamarquesas, executada no papel timbrado do MNE, da autoria do colega professor Freitas do Amaral. Ao mesmo tempo, evidenciando o seu domínio da tabuada, o senhor embaixador fez uma demonstração aritmética da falácia do Holocausto que, segundo os seus cálculos, teria precisado de 15 anos para incinerar 6 milhões de judeus e não apenas dos 4 ou 5 que, dizem, os aliados concederam aos nazis.
Algumas criaturas mal intencionadas (se eu fosse o embaixador requisitava uma fatwa contra esses sujos infiéis) puseram em causa a numeracia do diplomata iraniano, porque, segundo eles, as suas contas estariam furadas. Talvez sim, ou talvez não. Esquecem os detractores que toda a verdade é relativa e, na circunstância, toda a aritmética também o será. O embaixador fez as suas contas provavelmente seguindo a estimativa do tempo necessário para incinerar os judeus de Israel (que, não por acaso, igualam em número os alegadamente incinerados no Holocausto), baseada, naturalmente, na produtividade média de um operário iraniano dos fornos. Ora, um crente sujeito às exigências de culto do Islão terá, compreensivelmente, uma produtividade inferior à dos seus homólogos infiéis.
QED.
(ver aqui a estória citada pelo Abrupto)
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Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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