Chegou ao fim este calvário eleitoral em que os portugueses tiveram que escolher, entre os admiradores do estado napoleónico-estalinista, aquele em cujo colo fofo irão carpir as maldades que o governo (falsamente socialista, dizem) lhes pretende infligir nos próximos 3 anos.
A mudança nas pessoas, nas organizações e nos países é um processo doloroso. Só muda quem não tem outro jeito. Há várias condições necessárias para mudar, sendo a primeira a percepção de que só temos futuro se mudarmos. É preciso que alguma coisa mude para que tudo continue na mesma, pensou com resignação Lampedusa pela boca do príncipe de Salina.
Para fazer as reformas necessárias num país possuído e extorquido por um estado napoleónico-estalinista, é preciso uma aguda consciência de desconforto. A última coisa que as elites aflitas deste país aflito devem fazer é o que fazem: negação dos problemas, discursos desculpabilizantes, promoção da «auto-estima», ou infantilizar das pessoas, como se elas não fossem capazes de lidar com a realidade. Ao contrário, é preciso mostrar porque temos as más atitudes, os maus costumes e as más práticas sociais, empresariais e políticas, é que precisamos de as mudar. Se tivéssemos as boas práticas que os políticos trombeteiam que temos (insultando a nossa inteligência) não precisaríamos de mudá-las.
Para comemorar este alívio, o Impertinências inaugura uma nova área temática.
Deixar de dar graxa para mudar de vida
Nesta área temática trata-se, com impertinência, das necessárias mudanças de paradigma, do dar corda aos sapatos, do pôr fim às desculpas dos ELES, do pôr a trabalhar os estradistas, do acabar a ilusão do sol na eira e da chuva no nabal. E, claro, trata-se também de como, para fazer isso, termos que emagrecer o monstro, o tratador da vaca marsupial pública, que vituperamos pela palha que consome, mas cujas tetas procuramos sofregamente.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário