Desde que o Syriza e o seu líder foram mandados para casa pelos eleitores (recordemos que para o Dr. Costa de 2015 «Vitória do Syriza é um sinal de mudança que dá força para seguir a mesma linha») a Grécia desapareceu dos radares dos mídia portugueses e não se encontra uma notícia, um comentário, uma referência.
Porquê? Pelas razões do costume. As redacções estão ocupadas por jornalistas de causas e de serventuários (jornalistas cujas causas são apenas as relacionadas com as suas carreiras) que esperam que o silêncio faça esquecer os desastres da esquerda grega e os sucessos do actual governo.
Recapitulando:
As eleições do ano passado foram ganhas pela Nova Democracia com a mesma percentagem (quase 40%) das eleições anteriores, com 146 lugares, perdendo 12 lugares. O Syriza, o Berloque de Esquerda grego, obteve 32% dos votos e 71 lugares, perdendo 15. O Pasok, a versão grega do PS, obteve 8% dos votos e 41 lugares, tendo ganho 19.
O primeiro-ministro grego desde 8 de Julho de 2019, reeleito em 24 de Maio do ano passado, e líder da Nova Democracia Kyriakos Mitsotakis, antes de se dedicar à política em exclusivo frequentou Harvard e formou-se em estudos sociais, recebendo o Prémio Hoopes e sua tese foi publicada como um livro intitulado «The Pitfalls of Foreign Policy»; frequentou mais tarde Stanford e Harvard, foi consultor da McKinsey em Londres e desempenhou vários cargos na área financeira e foi nomeado em 2003 pelo Fórum Económico Mundial como um líder global do futuro.
Faz lembrar o CV do Dr. Costa ou do Dr. Pedro Nuno ou mesmo de qualquer outro primeiro-ministro do Portugal dos Pequeninos. É claro que isto e o resto não puderam deixar de fazer diferença e para citar apenas alguns acontecimento recentes, o governo grego criou uma comissão para supervisionar a aplicação dos fundos europeus liderada pelo prémio Nobel da Economia Christopher Pissarides, que evitou acrescentar novos elefantes brancos à manada criada pelos governos anteriores do Pasok e os que lhes sucederam e está a introduzir reformas importantes nos vários níveis de governação, no sistema de saúde e no ordenamento do território.
1 comentário:
Parece os acólitos do BE todos aos pulinhos agora com o PhD numa Universidade da pedra da calçada obtido pela Dra. MMortágua.
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