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01/02/2024

SERVIÇO PÚBLICO: Uma obra de demolição de alguns dos mitos mais populares no Portugal dos Pequeninos (2)

Continuação de (1)

vai na quarta edição.

Começo a pagar a promessa de publicar alguns posts sobre os mitos cuja demolição é em minha opinião mais importante, não sem antes sublinhar que os factos citados foram amplamente estudados e documentados no livro de Nuno Palma e nas dezenas de trabalhos de investigação que publicou (cfr o seu Research output).

Ao contrário da mitologia corrente, o Portugal anterior ao Marquês de Pombal, não era um país particularmente diferente dos outros países europeus e sobretudo não era particularmente atrasado. Não havia, por exemplo, níveis muito diferentes de numeracia e literacia, ao contrário do que se começou a verificar a partir dos princípios do século XVIII. 

Portugal até finais da Idade Média era um dos países europeus com maior prosperidade, tendo no início do século XIV um produto agrário per capita superior ao inglês. O PIB per capita começou a decair a meio dos anos 70 do século XVIII e só voltou a atingir o nível de então no século XX. 

O regime político vigente em Portugal também não era, até então, um regime absolutista, existindo instituições embrionárias de tipo parlamentar.

Em conclusão, o mito de que Portugal começou a declinar a partir dos Descobrimentos não tem qualquer base histórica.

(Continua)

1 comentário:

Anónimo disse...

Estava convicto que sempre fôramos economicamente atrasados.