«A Alemanha gastou em 20 anos 550 mil milhões de euros nas energias eólica e solar, mas acabou na situação que antecipei em 2008, e levou a União Europeia, seguindo a estratégia alemã, para uma situação gravíssima na energia, dependendo em 57% do exterior para o seu aprovisionamento e com uma perigosa dependência da Rússia, enquanto que os EUA são autossuficientes em termos energéticos e com uma energia bem mais barata do que a que utilizamos. Também não quisemos explorar o gás de xisto que havia no nosso subsolo, ao contrário dos EUA, e ainda há um ano a Comissão Europeia na sua taxonomia financeira, em dirigiste mood sintonizado com a religião climática, queria proibir o carvão, o GN e a energia nuclear, quando agora já se recomenda que se utilize o carvão e o nuclear para reduzir a dependência do GN...
A invasão da Ucrânia veio agora tornar evidente aos olhos do grande público tudo isto. Em vez duma transição energética, quis-se fazer uma disrupção acabando abruptamente com as formas clássicas e incumbentes de energia. E depois da dependência da Rússia na energia, acabaremos dependentes da China na produção industrial das tecnologias da descarbonização! A produção de painéis fotovoltaicos já migrou para a China, os produtores europeus de geradores eólicos estão já em sérias dificuldades económicas e os materiais para a produção de baterias bem como a respetiva cadeia de valor até à produção de baterias já são controlados pela China. Em suma, Europa sem energia e sem indústria...»
Excerto de Europa sem energia e sem indústria, Luís Mira Amaral
2 comentários:
Sem politiquice alguma, Amaral explica as idiotices que se tem feito. Sobretudo no ocidente.
Abraço
O Bidé fez o mesmo ou pior. A economia americana vai pelo cano. A culpa é do Trump.
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