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11/07/2020

O ruído do silêncio da gente honrada no PS é ensurdecedor (191) - O algodão não engana. Isto é o socialismo lusitano

O Montepio, petit nom da Associação Mutualista Montepio, que tem no seu bojo a Fundação Montepio, o banco Caixa Económica Montepio Geral e a SGPS Montepio Seguros que detém a Lusitania, a Lusitania Vida e a Futuro (pensões), entre outras, é talvez a instituição portuguesa mais ocupada pelo aparelho socialista. Fizeram-se lá durante anos e ainda hoje, impunemente e com o apoio e participação de proeminentes luminárias socialistas, as maiores violações à lei, à ética empresarial e aos princípios e boas práticas de gestão.

Ao fim de muitos anos e muitos escândalos, Tomás Correia, uma espécie de dom Corleone de serviço ao mutualismo (ver este historial), foi finalmente deixado cair e procura-se agora um substituto. O nome mais recente em cima da mesa é o de Luís Campos e Cunha, que teve a insensatez de aceitar ser ministro das Finanças de Sócrates e a coragem e o bom-senso de sair do comboio em andamento quando percebeu o que lá se iria passar, dando lugar a Teixeira dos Santos, um executor manso e acomodado, que só dissidiu a pouco dias de não haver dinheiro para pagar os salários dos funcionários públicos   

Trilema de Žižek
O Dr. Campos e Cunha foi agora "indigitado" nas páginas dos jornais «como o rosto de uma alternativa à atual administração do Montepio». Inevitavelmente é um socialista - o outro contribuinte fez-lhe o teste que se revelou positivo - que tem a seu favor algumas atenuantes, ou seja é bom no género mau. Se não tivesse sido feito esse teste, quando fez saber em resposta à sua "indigitação" que «só avançaria com apoio do poder político», confirmou sem margem para dúvidas a autenticidade do seu socialismo e o processo em curso no Montepio confirma o ADN deste socialismo de compadres.

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