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01/12/2019

Gratificação por serviços prestados. Parte II - Os deuses do socialismo castigam Nicolau cortando-lhe o "envelope financeiro"

Recapitulando:

«Governo escolhe Nicolau Santos para presidente do conselho de administração da Lusa»


Para quem nos acompanha não será novidade que Nicolau, um decano do jornalismo de causas de saída do semanário de reverência, é o nosso pastorinho favorito da economia dos amanhãs que cantam, a quem dedicámos resmas de posts e por isso saudamos a sua subida ao olimpo da produção de boas notícias. É uma promoção inteiramente merecida.

Essa promoção que então saudámos foi há dois anos. Na sua carreira ao serviço da causa socialista, recheada de sucessos (o caso Baptista da Silva é apenas um deles), durante o governo "neoliberal", Nicolau criticou inúmeras vezes as medidas de austeridade impostas pelo programa de resgate, tornado necessário pela governação do Sr. Eng. Sócrates e negociado pelo seu governo socialista.

Nicolau punha então em causa a necessidade dessas medidas, contrariando o TINA (There Is No Alternative) do governo de então e defendendo uma receita que ele considerava keynesiana. O pobre John Maynard teria morrido outra vez - de susto, desta feita - se soubesse dos tratos de polé que o Nicolau dava às políticas que ele, Keynes, então defendeu num contexto incomparável.

Meia dúzia de anos depois destas suas críticas ao "governo neoliberal", a agência Lusa - o equivalente socialista à agência TASS que tão bem serviu o PCUS e hoje serve o putinismo - queixa-se de não ter «capacidade de cobertura de viagens do Presidente da República e do primeiro-ministro, devido à instabilidade orçamental» e o nosso pastorinho da economia dos amanhãs que cantam explica que o problema é o «envelope financeiro por parte dos acionistas. A isto soma-se o facto de este ano o orçamento da Lusa ter tido um corte de cerca de 460 mil euros».

É agora a vez de Nicolau gritar ao Dr. Costa e àquele senhor das Produções Fictícias TIA (There Is Alternative), libertem a guita!

2 comentários:

Anónimo disse...

Tem toda a razão. Lembro-me de, há anos, ter comentado uns disparates que o dito especimen escreveu, apelidando de keynesianismo o que não tinha nada a ver com as teorias de Keynes.

Anónimo disse...

Temo que tereis de arranjar outro 'pastorinho das causas' para o futuro.
O do laço não vai durar por muito tempo. Haverão de arranjar-lhe outro tacho.
Abraço