Saíste-me cá um merdas sem tomates... |
Dois dias depois, numa conversa com o amigo e deputado Renato Sampaio, José Sócrates volta à carga: «Os da direita estão cheios de medo [de mim] e o m**das do Costa está cheio de ciúmes». Voltar à liderança do partido e às rédeas do poder era para ele, mais do que uma prioridade, uma 'predestinação' de um homem criado na província.
O chefe que a direita queria ter
Foi esta ideia, aliás, que fez passar numa entrevista ao Expresso, dias antes de o livro ser lançado. O jornal promoveu abundantemente a entrevista no seu site, destacando algumas frases. Numa delas, Sócrates afirmava ser «o chefe democrático que a direita sempre quis ter». A 'esquerda' do PS não gostou. E os comentários choveram nas redes sociais. (…)
E Peixoto receia que Clara Ferreira Alves, autora da entrevista, pregue alguma rasteira. Mas Sócrates prevenira-se: «Falei com o Mário Soares, que falou com a Clara, que lhe disse que eu não tinha de ficar preocupado porque ela fez o seu melhor. E o Ricardo Costa até me disse que estava um grande texto». (…)
Neste grupo, porém, havia agentes duplos. Galamba mantém relações com Sócrates mas também com Costa. Em março, por exemplo, António Peixoto reencaminha a Sócrates um sms enviado por João Galamba a António Costa, e transmite-lhe uma informação que Galamba lhe passara: «Disse-me que o Costa quer chegar a primeiro-ministro e não a Presidente da República».
E Sócrates, que não encontrava ninguém para esse cargo melhor do que ele próprio, conclui: «O Costa não tem 'tomates' para isso».
Excertos de um artigo do jornal SOL transcrevendo e comentando as escutas da Operação Marquês
1 comentário:
Por isso o galambito não sai da cepa torta. Remeteu-se a si próprio à condição de alcoviteira.
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