«O líder da esquerda radical grega já não assusta ninguém. Nem em Bruxelas, nem em Frankfurt, nem sequer em Berlim. Antes pelo contrário, até já recebe elogios do presidente do Banco Central Europeu. Longe vão os tempos em que os sinais de alarme soaram pela Europa após a vitória dos esquerdistas do Syriza.
Entretanto, muita coisa mudou. E Alexis Tsipras aproveita para manter cada vez mais encontros com outras formações da esquerda europeia, à procura de convergências, sobretudo contra as políticas de austeridade. Com a imagem “reabilitada” após aceitar o terceiro resgate, tornou-se até um líder cobiçado na capital belga. E com os socialistas e social-democratas a viverem as dúvidas de uma crise existencial, o grego aposta em fazer pontes entre as esquerdas.
Nos primeiros meses do ano, Alexis Tsipras e o Syriza prolongaram um braço de ferro, perdido de antemão, com as instituições da troika e os parceiros da zona euro. Esbarraram na Europa e os líderes europeus fizeram-lhes ver a realidade “obrigando-os” a aproximarem-se do centro. Será assim? Há dois factos: Tsipras está amarrado a um programa de reformas “neoliberais” e pelo caminho libertou-se da ala dos esquerdistas mais radicais do Syriza (que entretanto formaram o partido Unidade Popular).»
Tsipras: querido líder ou reformista social-democrata? no Observador
ekathimerini |
Se olharmos para os factos, que sempre falam mais alto do que as palavras, verifica-se só terem sido adoptadas 14 das 48 medidas previstas e, por isso, estão retidos os dois mil milhões de euros de uma tranche que seria avançada quando terminasse com sucesso a primeira revisão do terceiro resgate.
1 comentário:
Qual o espanto? Não é a fantochada programática e o paleio dos dirigentes que muda a natureza das coisas. Se quer dinheiro tem que ajoelhar.Conheço os maravilhosos gregos a muitos anos e ainda irá ser já com os meus netos adultos que virão a ter um estado e governo decente.
Nós com a prioridade nas 35 horas, aumento de salarios e reformas vamos bem embalados.
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